Recuperação ou lenta decadência?

A festa da virada de 2016 na Avenida Paulista, apesar das restrições financeiras e ter sido menor que a dos anos anteriores e das outras grandes festas de reveillon, foi um relativo sucesso.

A Avenida estava mais iluminada, até o prédio da FIESP recebeu luzes azuis. Segundo a PM, um milhão de pessoas estavam na Paulista na festa. Metade do que a mesma PM calculou na virada de 2015.

Pela amostra das reportagens televisivas uma grande parte de fora de São Paulo. A Avenida Paulista, na passagem do ano, retomou o seu papel de marco da cidade. Mas pouco prestigiado pelos próprios paulistanos, que preferiram pegar o caminho das praias. 

Repete o que ocorre nos feriados prolongados. A cidade fica vazia, com os paulistanos saindo da cidade, rumo ao litoral ou ao interior. A Avenida Paulista fica vazia. 

Nesses mesmos períodos, uma parte da população do interior do Estado e de outros Estados vem a São Paulo, para as compras, gastronomia e lazer mais sofisticado.

As ruas ficam vazias, mas os shoppings e os locais de moda ficam lotados. Os cinemas com os "blockbuster" com filas enormes. Os pequenos cinemas de arte também. 

Na virada do ano, esses turistas tem na Avenida Paulista, um programa certo e um ponto de encontro. Poderão voltar às suas cidades e contar "eu estive na Paulista". Já os paulistanos irão contar "eu estive em Copacabana". Ou "eu estive em Floripa". Aliás o melhor show pirotécnico da virada, ganhando do Rio de Janeiro. Foi pelo menos a minha impressão, acompanhando pela televisão.

Ainda por muito tempo a Av. Paulista receberá o "show da virada". Será infinito? Manter-se-á com público na casa do milhão? Tenderá a decair? Mudará de local? 

A queda de público pode ser debitada à crise. Ou  à incerteza da  realização. Ou ainda a falta da decoração de Natal.

Por outro lado, o reveillon nas praias de Santos teve mais de um milhão de pessoas. O litoral norte teria recebido mais de 2 milhões de pessoas.

Santos tem a intenção ou a pretensão de rivalizar com Copacabana em número de presentes nas praias. 

A tendência das comemorações da chegada do ano novo será nas praias. A festa da Av. Paulista será dos que não conseguiram ir às praias. Será a festa dos "sem praia".

Será possível reverter essa tendência?





 

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