Plano estratégico para o agronegócio amplo (2)

Na perspectiva de maior processamento industrial das matérias primas agrícolas a estratégia mais importante é da marca. O que envolve toda uma gama de serviços para que a marca seja reconhecida mundialmente.

O passo inicial ainda está no campo, pela qualidade do produto. 

A qualidade mais importante não é a intrínseca, medida por índices técnicos, mas a qualidade percebida pelo consumidor.

Mas há um paradoxo nessa questão. Alguns produtos de consumo humano, como o café, o chocolate e outros são produzidos com mistura (blend) de várias origens, onde o segredo está na dosagem dos diversos ingredientes. 

O café brasileiro entra na mistura com outros grãos de café, de custos menores, como o vietnamita. Os europeus fazem essa composição e vendem o café em cápsulas.

O Brasil que é o maior produtor do café em grão, enfrenta restrições para a "blendagem" pela oposição de produtores à importação de cafés de outros paises. 

Para passar de maior produtor da matéria prima, para ser o maior produtor de cafés processados, prontos para consumo, precisa se tornar o maior polo mundial de blendagem de café. O que é uma virtude, mas também carrega riscos. Alguns dos demais produtores podem se recusar a vender os seus grãos, pela condições impostas pelos industriais sediados no Brasil. Lembrando que muitas das empresas são multinacionais.

A outra alternativa é foca no produto puro. Que agora é a moda. Nas bebidas, o "puro malte". 

Vender no mundo o "puro café brasileiro".

Como e quem pode fazer isso? Não pode ser o Governo. Aliás governos anteriores tentaram e fracassaram. Não pode ser baseada na visão burocrática. 

Serão empresarios nacionais ou multinacionais de origem estrangeira?

(cont)

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