Diante das investidas para condená-lo pela suposta chefia da maior organização criminosa, montada no país, ele tinha duas opções pessoais depois de condenação penal em duas instâncias e recusa do STF em lhe conceder um habeas corpus:
- aceitar a derrota, render-se e seguir recorrendo às instancias judiciárias, dentro do previsto em lei;
- não aceitar a derrota, postar-se vítima de golpe ilegal e buscar apoio externo, considerando-se vítima de um Estado autoritário e persecutório, em todos os poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.
Ao se considerar vítima de golpe do Judiciário, contestando a sua imparcialidade e legitimidade, coloca-se contra a corporação. E será tratado com o máximo rigor da lei.
Aceitando a condenação e a prisão como derrota, irá se preparar para a revanche, para um retorno triunfal. Repetindo Mandela, seguindo Getúlio Vargas e ele mesmo: preso pelo golpe militar, construiu uma carreira política, assumiu a liderança de um movimento que o levou à Presidência da República.
Assumindo-se como vítima de um golpe, só terá condições de reverter com um contra-golpe em iguais condições. Se define o golpe como ilegal e antidemocrático, terá que buscar contragolpe, igualmente ilegal e antidemocrático.
Uma retomada, um retorno democrático, deve partir da aceitação de uma derrota legal e democrática. Não pode pensar em retorno imediato ou de curto prazo.
Aceitando a condenação e a prisão como derrota, irá se preparar para a revanche, para um retorno triunfal. Repetindo Mandela, seguindo Getúlio Vargas e ele mesmo: preso pelo golpe militar, construiu uma carreira política, assumiu a liderança de um movimento que o levou à Presidência da República.
Assumindo-se como vítima de um golpe, só terá condições de reverter com um contra-golpe em iguais condições. Se define o golpe como ilegal e antidemocrático, terá que buscar contragolpe, igualmente ilegal e antidemocrático.
Uma retomada, um retorno democrático, deve partir da aceitação de uma derrota legal e democrática. Não pode pensar em retorno imediato ou de curto prazo.
Mantido preso, deixará de ser uma pessoa material para se tornar uma ídéia (como ele se auto-denomina) ou um mito. A idéia é o lulismo, que nem o seu partido consegue entender todo o seu significado.
Como mito passa a ser uma divindade a ser cultuada. E pode definir os seus apóstolos. Ou até mesmo um sucessor.
Qual será o seu efetivo poder de convencimento dos eleitores a votarem no seu indicado?
Qual será o poder do mito?
Lula não tem sucessor. Seja porque não permitiu o desenvolvimento de alguém, como porque não soube disseminar a sua idéia, a sua visão de mundo.
Não soube transformar o lulismo em idéia-força. Permitiu que o lulismo fosse visto popularmente como um mecanismo espúrio de conquista e manutenção do poder.
O seu foco deveria ser a sobrevivência do lulismo e não dele pessoal. A pessoa física está incapacitada.
Para disseminar o lulismo ele tem que consolidar a doutrina e fortalecer os seus profetas.
Tem efetivamente que se transformar em idéia e em mito. O seu instrumento será "as cartas do cárcere".
Não para manter a versão de vítima de um golpe judicial. Mas para disseminar a "idéia".
Mito tem poder quando está associada a uma idéia.
Não soube transformar o lulismo em idéia-força. Permitiu que o lulismo fosse visto popularmente como um mecanismo espúrio de conquista e manutenção do poder.
O seu foco deveria ser a sobrevivência do lulismo e não dele pessoal. A pessoa física está incapacitada.
Para disseminar o lulismo ele tem que consolidar a doutrina e fortalecer os seus profetas.
Tem efetivamente que se transformar em idéia e em mito. O seu instrumento será "as cartas do cárcere".
Não para manter a versão de vítima de um golpe judicial. Mas para disseminar a "idéia".
Mito tem poder quando está associada a uma idéia.
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