Além dos posicionamentos pessoais a respeito da ética no exercício da função política, os novatos deverão se posicionar em relação aos temas sobre os quais deverá discutir e deliberar.
Um posicionamento preliminar é se cuidará ou não das questões locais (paroquiais ou distritais) ou não se envolverá com essas. Entendendo que não é atribuição de um deputado federal.
Para ser coerente não deverá ser a favor do voto distrital, assim como deverá abrir mão das suas verbas de emendas parlamentares. Poderá transferir as suas quotas para as emendas de bancadas ou partidárias.
O sistema de emendas parlamentares "picadas" atribuindo quotas para cada deputado federal é o que propiciou a expansão das distorções do funcionamento político brasileiro.
O novato que defender essas posições de retorno do deputado federal às suas funções nacionais e não distritais, corre o risco de não ser eleito. E mesmo se for eleito corre o risco de ficar isolado e não ser reeleito.
Os membros do Congresso passam a ser conhecidos nacionalmente pela sua atuação em Brasília, com a cobertura da mídia. Principalmente pela Rede Globo.
Mal comparando, são como peixes dentro de um aquário, com a percepção de como nadam, como se comportam.
Mas poucos sabem ou se importam em saber como eles chegaram lá. Todo foco é para a eleição do Presidente da República, mas como é que Sheridan, que voltou a ter alguma notoriedade pela relatoria da PEC da Reforma Política chegou lá? E quantos sabem que foi com apenas 35.555 mil votos e que responde pelo nome de Shéridan Esterfany. E o que o voto dela na Câmara dos Deputados tem o mesmo peso do voto do Tiririca, com um milhão de votos? E alguém ainda se lembra da Tia Eron?
Há toda uma preocupação com o que os novatos podem fazer na Câmara dos Deputados, a partir de 2019. Mas antes é preciso avaliar como eles poderão chegar lá. Com que discurso vão conseguir os votos necessários dos eleitores, para chegar lá?
(cont)
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