Algumas são focadas, operando em apenas um dos segmentos. Poucas são verticalizadas e integradas, porém a tendência recente é de fortalecimento de grupos integrados, com agressiva atuação de empresas líderes na compra de outras empresas para fortalecer o seu portfólio.
A principal é o grupo J Macedo que tem 3 importantes marcas no varejo de farinha de trigo e vem utilizando as mesmas marcas para se expandir nos segmentos de massas e biscoitos.
O mesmo vem sendo feito pelo grupo Selmi, com a marca líder em farinha de trigo no varejo, se expandindo para massas.
O grupo Dias Branco, fez três aquisições que totalizaram R$ 400 milhões: Pelágio (biscoitos Estrela), Moinho Santa Lúcia e Pilar. Com a investida, a cearense procura blindar o Nordeste contra o avanço dos concorrentes, segundo o Valor Econômico. Recentemente adquiriu a Piraquê, para reforçar a posição no segmento de biscoitos no sudeste.
Todas elas tem que enfrentar a concorrência das "big ten", que são os 10 maiores grupos que dominam o mercado de alimentos no mundo.
A Pepsi Cola reforçou a sua posição, com a compra da Mabel.
No mercado ocidental a liderança mundial do segmento de biscoitos é disputada pela Mondelez, produtora de
biscoitos, com a marca Oreo. Mas no Brasil, segundo as últimas pesquisas da Nielsen, estaria em terceiro.
A liderança é do Grupo Dias Branco, que deteria 32% do mercado, seguido pela Marilan.
É no setor de alimentos processados, com base no trigo, onde emergiram e se consolidaram grupos brasileiros com musculatura suficiente para ousar a enfrentar o mercado internacional.
O projeto "Brasil, alimentador do mundo" terá que se valer da competência empresarial desses grupos nacionais, ainda que a matéria prima não seja inteiramente nacional.
Envolveria um acordo binacional, com a Argentina para o fortalecimento do Mercosul, como o principal supridor mundial de alimentos com base no trigo.
Considerando, ademais, que o segmento de biscoitos é um dos principais demandantes do óleo de soja, como um ingrediente para melhorar a crocância dos produtos.
Estarão os grupos interessados numa "aventura mundial", para enfrentar os "big ten"? E precisariam de apoio governamental?
A partir da abertura do mercado, houve uma ampliação das importações de masas de macarrão, baseados em grãos duros.
O país passou a consumir mais biscoitos de marca estrangeira, ainda que restrito ao mercado A e B.
O mercado internacionanl de derivados de trigo, é relativamente restrito pelas estratégias das empresas industriais em processar a produção mais próxima ao mercado consumidor, importando os insumos.
A estrutura associativa
A cadeia produtiva do trigo é representada por uma diversidade de entidades:
- a ABITRIGO;
- a ABIMAPI
A ABITRIGO - Associação Brasileira da Indústria de Trigo, atualmente presidida pelo Embaixador Rubens Barbosa, reune as moageiras. Algumas delas verticalizaram o seu protfolio, abrangendo também o segmento de masssas, biscoitos e pães , como a J Macedo - uma das principais empresas do setor.
A ABIMAPI - Associação Brasileira da Indústria de Biscoito, Massas Alimentícias, Pães & Bolos Industriais representa 94 empresas e 75% da demanda de farinha de trigo.
Tem uma parceria com a APEX para promover a exportação dos seus produtos no mundo.
A balança comercial brasileira no setor de biscoitos é positiva, mas com um desbalanceamento em relação aos preços médios.
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