Perigo iminente

O Minsitro Marco Aurélio teve razão ao conceder a liminar ao pedido da Rede de Sustentabilidade para afastar Renan Calheiros da presidência do Senado, em função do perigo iminente.
Só que foi um  tiro no pé. Ao tomar a decisão extemporânea gerou uma reação corporativa do Senado, contra o Poder Judiciário.
Ao não ser confirmado pelo plenário do STF o afastamento, Renan acelerou, colocou em pauta diversos projetos que os magistrados são contra.
Conseguiu fazer aprovar a PEC 55, mesmo que com uma votação menor do que no primeiro turno, aprovou medidas contra os supersalários e só não votou o projeto de abuso de autoridade, em função do "acordão" que teria sido feito para sua manutenção no cargo. Não fosse isso, o Senado teria aprovado também esse projeto.

No retorno do recesso parlamentar e judiciário, o confronto deverá prosseguir, após a trégua, com o Senado "em pé de guerra" com o Judiciário e, provavelmente, com o Ministério Público Federal. 

Estes, valendo-se do apoio popular das grandes cidades à Operação Lava-Jato estão tentando "acabar com essa corja de políticos safados". 

Uma luta justa, mas não podem esquecer que o "animal acuado" vá se entregar. Vai lutar até a morte. Matando antes parte dos seus caçadores. 

Mas não há dúvida que dessa guerra entre corporações, rompendo acordo secular, o Brasil sairá ganhando. 

A troca entre "proteja os meus que projeto os seus", ou "não ataque os meus, que não ataco os seus" não vale mais. Para o bem do Brasil, apesar de infringir grandes dores durante esse processo. 






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