Não bastam honestidade e vontade

O populismo da sociedade organizada acredita que um candidato sem passado político eleitoral, isto é um novato ou "outsider" poderá ser eleito Presidente da República. Em decorrência da ampla insatisfação da população com os políticos, percebidos por aquela  como corruptos e sem consideração com os interesses nacionais.
E que, com seriedade, honestidade e vontade política poderá governar bem o Brasil e colocá-lo no caminho do desenvolvimento atendendo aos interesses nacionais.
Embora o regime político seja presidencialista, o Presidente da República depende do Congresso para aprovar as medidas legais consideradas necessárias pelo Governo, a favor do interesse nacional. Para isso precisa de uma base aliada no Congresso. Essa será eleita no primeiro turno, enquanto o candidato "outsider" poderá ter que enfrentar um segundo.
A sociedade organizada vale-se muito da experiência Macron, na França que liderou uma mobilização social a partir do qual formou uma ampla maioria no Congresso francês. Diversamente do calendário eleitoral brasileiro, as eleições parlamentares foram logo em seguida à presidencial, com Macron já eleito.

Não basta ao candidato novato conseguir uma ampla aprovação social a seu favor.
Ele precisa liderar uma mobilização para uma ampla renovação do Congresso Nacional, elegendo a maioria no Congresso para uma base aliada.

Sem isso continuará refém do sistema fisiológico que continua dominando a política brasileira. 








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