Os perfis dos candidatos (4)

Lideranças partidárias

Lideranças partidárias - principalmente quando eleitos para o Executivo ou participando desses, ou ainda para o poder no Legislativo - podem usar os recursos e máquina partidária para se (re)elegerem ou elegerem seus afilhados políticos. Que podem ser até parentes afins.

Sérgio Cabral elegeu o seu filho Marco Antonio Cabral, Eduardo Paes o seu afilhado Pedro Paulo (que depois foi derrotado na disputa pela sua sucessão), e Jorge Picciani, presidente do PMDB carioca, o seu filho Leonardo Picciani. Bornier, então Prefeito de Nova Iguaçu, elegeu seu filho Felipe Bornier. 


Os evangélicos

Os evangélicos constituem uma categoria importante de candidatos, que é superpartidária. Mais do que qualquer outra elege os seus deputados nacionalmente, e se une dentro do Congresso, independentemente do partido. 

Dá a base para uma nova organização do sistema político, que enfraquece os partidos. Formam alguns partidos, como o PRB, o PSC, mas os integrantes da bancada estão em todos os partidos. 

Envolve alguns campeões de votos, como o Pastor Marco Feliciano em São Paulo. E apoia outros campeões, como Celso Russomanno, também em São Paulo. Mas a maioria se elege com forte base local.

Entre os 9 eleitos em 2014, pelo Rio de Janeiro, do Grupo Ia (acima de 100 mil e menos que o quociente partidário), 3 são marcadamente da categoria dos evangélicos, eleitos com apoio ou diretamente pelos votos dos fieis da sua igreja: Roberto da Silva Salles, Sóstenes Cavalcanti e Rosângela Gomes. 

Os evangélicos pela sua "visão de mundo" e ação social conquistaram espaços junto às populações mais pobres, desalojando a influência dos partidos, lideranças e políticos de esquerda.

A esquerda, com exceção de Lula, mantém-se presa a paradigmas teóricos e concepções que não fazem parte da visão de mundo da periferia das grandes cidades e, também, dos "grotões".

As pesquisas feitas pelo PT na periferia de São Paulo, indicam uma coincidência de pensamento da comunidade evangélica, com Lula. A visão dos evangélicos é que consumo é um indicador de vida melhor. E que aspirar  bens materiais não é pecado. Querem ter acesso aos bens materiais modernos, como o aparelho celular, do aparelho de TV, do tênis e camisetas de grife. E que devem conquistar esses bens pelo trabalho. Pelo trabalho, não necessariamente pelo emprego. São favoráveis ao trabalho por conta própria. 




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