Fazer do limão uma limonada

O Brasil vive uma ampla e diversidade crise que envolve a economia, a política, os costumes e outras dimensões, decorrentes dos erros de condução do país, pelo Governo. Que resulta numa alta impopularidade da Presidente da República. 

Para agravar a situação o país enfrenta uma gravíssima crise sanitária, que ameaça o seu presente e seu futuro, com uma epidemia de zika virus, causada por um mosquito e com geração de um surto de casos de microcefalias em bebês nascidos ou nascituros.

A sociedade espera que as autoridades assumam o comando das ações para combater o mosquito "edes egipti" que manteve a sua nomenclatura original em latim. 

Nos EUA, embora ainda sem ter sido alcançados pela epidemia, o Presidente Obama, saiu assumindo o comando de um programa, focado na produção de vacinas.

A Presidente Dilma e seus assessores estratégicos perceberam uma oportunidade dela "sair das cordas". Ou o que é comum nessas situações de tentar transformar a ameaça em oportunidade. Ou na forma popular "transformar o limão numa limonada".

Assumiu pessoalmente o comando, não o deixando a cargo do Ministro de Saúde. 

Foi pessoalmente ao Congresso, na sua reabertura, para a entrega da tradicional apresentação do "Estado da Nação" que, no Brasil, permaneceu como um rito de menor importância. Com o objetivo de misturar as excepcionalidades econômicas, políticas e sanitárias. Aproveitar a oportunidade para demonstrar autoridade e conseguir a aprovação da CPMF. 

E voltou à televisão, apesar dos risco de "panelaço" que ocorreram, mas sem consequências maiores.

Diante das circunstâncias, acuada como estava, está aproveitando a oportunidade. Não tinha alternativa. Poderia ser acusada de omissa, piorando a sua popularidade e autoridade.

Preferiu tentar assumir o controle da situação, embora a oposição continue defendendo que ela deva sair. Até para que esse comando seja entregue a alguém mais competente.

Ela quer demonstrar que tem obrigação, autoridade e competência para enfrentar essa situação. Que não ficará omissa.

Será que quem não teve capacidade (ou condições) de conter o corruputus virus, poderá enfrentar a zika?

Temos que acreditar ou torcer para que dê certo. Mesmo sabendo do oportunismo da Presidente.



 

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