Exportar para empregar (11) - Kicks

O lançamento do novo carro da Nissan, o Kicks, confirma o colocado aqui sob o titulo de "Exportar para empregar". Os carros novos não são voltados apenas para o mercado doméstico, mas são carros mundiais, ou pelo menos carros latino-americanos. 
Da mesma forma que não existe uma indústria automobilística brasileira, mas uma indústria mundial instalada no Brasil, os carros não são brasileiros, mas mundiais.
O carro da Nissan que chega com a intenção de concorrer com os atuais líderes HR-V da Honda e o Renegade da Jeep, já é produzido no México e agora no Brasil. 
Segundo notícia do Estadão "Nissan traz carro novo e abre 600 vagas no Rio" (Estado de São Paulo, 20/07/2016 pg B12), o Kicks será exportado pela Nissan do Brasil para toda a América Latina. O México abastecerá o mercado dos Estados Unidos. O veículo também será produzido em outros paises."
A estratégia clara da Nissan é abastecer o continente americano com duas unidades "americanas": a do Norte no México e a do Sul no Brasil. Não está evidenciado no noticiário da imprensa quem vai abastecer o mercado da América Central e Caribe.
Ela já tinha demonstrada essa intenção em relação ao March, que começou a ser fabricado no México, abastecendo o mercado brasileiro, e já é produzido no Rio de Janeiro. 
Dentro dessa tendência, o perfil do mercado da indústria automobilística instalada no Brasil nos próximos anos será muito diverso do atual, com a produção voltada ao mercado interno em torno de 50%. Tenderá a uma balança comercial superavitária, considerando todo o conjunto da cadeia produtiva. 


 

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