A cidade de São Paulo segue a trajetória de principal cidade do mercado latino-americano sendo reconhecida como uma cidade mundial. Com o processo de continentalização, em contraposição à globalização, as multinacionais se voltarão a produções maiores, intensificação e integração das suas cadeias produtivas no continente, escolhendo uma das cidades para a sua sede latino-americana.
São Paulo ainda será a preferida, mesmo sob risco pela degradação da cidade, aumento de violência, dificuldade de movimentação e outras mazelas.
O Prefeito, consciente do problema e sem preconceitos ideológicos contra as multinacionais e ao capitalismo, priorizará - em parceria com o Governo do Estado - a melhoria de condições para a hospedagem das sedes continentais das multinacionais.
Com isso assegurará um fluxo de renda externa aplicado na cidade, com reflexos positivos sobre o emprego e ao próprio desenvolvimento das demais atividades econômicas dentro da cidade.
O Prefeito, pela sua vivência empresarial, assumirá que a cidade de São Paulo só se desenvolverá plenamente, se for uma cidade mundial. O mercado interno, por si só, não comporta uma megacidade como a de São Paulo expandida, ou seja, incorporando os municípios conurbados.
Ou se desenvolverá como cidade mundial ou se degradará pelo seu gigantismo, incompatível com a capacidade interna de geração e multiplicação da renda.
Não bastará ser a maior cidade do Brasil ou mesmo da América do Sul. Precisa ser uma importante cidade mundial.
Sofrerá forte contestação e oposição dos partidos e dos movimentos de esquerda. Alguns sairão às ruas para se opor a medidas que irão favorecer os grupos empresariais. Mesmo que não prejudiquem os de menor renda. E ao contrário gerem mais emprego. A esquerda não reconhece que quem emprega é o empregador.
Será difícil evitar os mecanismos excludentes, mas a cidade continuará se modernizando e se desenvolvendo, ainda que ampliando a desigualdade social. E será reconhecido pela opinião publicada.
A partir dessa consciência girará toda a sua gestão na Prefeitura voltada para a consolidação de São Paulo, como uma cidade mundial e a principal cidade da América Latina.
Fará uma gestão baseada em projetos de impacto para viabilizar e consolidar essa visão de cidade mundial, ainda que em detrimento de projetos de maior impacto social.
Será, sem dúvida, uma visão "burguesa", despreocupada com a desigualdade social, contrapondo-se à gestão petista.
Por isso mesmo contestada e atacada pelos setores "populares" da cidade. Que são maioria em termos de quantidade de pessoas e de eleitores. Se não gerar mais empregos na cidade, não terá condições de se reeleger.
O desafio dos centros: histórico x novo
Dentro dessa visão, o seu grande desafio será o tratamento a ser dado ao centro histórico.
A cidade moderna, a cidade mundial, a cidade rica já está fora do centro histórico, com alguns núcleos que estão se conurbando com novo padrão imobiliário. Essa nova cidade está às margens do Rio Pinheiros, completando a migração das atividades econômicas de maior renda para ela, saindo do centro expandido e até mesmo da região da Avenida Paulista.
Como cidade mundial foi na contramão da logística aeroportuária, mas que poderá ser resolvido com a conclusão do Rodoanel. Com este concluído poderá retirar inteiramente o tráfego de caminhões na pista expressa, que seria utilizado para facilitar o acesso da nova cidade com o aeroporto internacional. Outra ação que enfrentará forte contestação e oposição, mas que viabilizará o novo centro de negócios.
E o que fazer com o Centro Histórico?
Mesmo com a sua revitalização, o centro histórico não irá assumir a condição de centro da moderna cidade mundial. O que a Prefeitura deverá cuidar é de evitar a sua degradação física, econômica, social e cultural.
(cont)
Ver o que não é mostrado - Enxergar o que está mostrado Ler o que não está escrito Ouvir o que não é dito - Entender o que está escrito ou dito
Assinar:
Postagens (Atom)
Lula, meio livre
Lula está jurídica e politicamente livre, mas não como ele e o PT desejam. Ele não está condenado, mas tampouco inocentado. Ele não está jul...
-
Carlos Lessa - ex presidente BNDES As políticas públicas verticais focam partes ou setores específicos da economia, tendo como objetivo ...
-
Paralelo 16 é uma linha geográfica que "corta" o Brasil ao meio. Passa por Brasília. Para o agronegócio significa a linha divi...
-
Em todas as grandes (e mesmo médias) empresas dominadas pelos executivos homens, as mulheres que alcançam os postos gerenciais tendem a se r...
Nenhum comentário:
Postar um comentário