Como superar a cultura patrimonialista e introspectiva quem vem matando o Brasil?

A industrialização brasileira foi criada, desenvolvida e consolidada dentro de um cultura voltada para dentro, sustentada por um nacionalismo, tanto de esquerda, como de direita, por economistas ortodoxos e heterodoxos. "Todos somos nacionalistas" e vemos a industrialização como condição fundamental de autossuficiencia e de independência.
Diante das mudanças na economia mundial, aceitamos a abertura da economia para podermos ter acesso aos produtos modernos, desenvolvidos pela tecnologia mundial. Mas nos recusamos a sermos "imperialistas" buscando a conquista de mercados externos para os nossos produtos. 
Quando fazemos essa tentativa, a sociedade recrimina, em vez de aplaudir. Com razão, porque são ações promovidas pelo Governo, como mecanismo de gerar propinas. A contaminação dessas ações pela corrupção as comprometem. Mas fechamos os olhos para as mesmas práticas feitas por paises estrangeiros no Brasil. 
Esperamos e queremos muito os capitais e investimentos chineses, achando que eles são "santos" e não são dadas às mesmas práticas corruptivas internacionais: ingenuidade ou preconceito.

Mais do que  econômica ou política a nossa crise é cultural. Foi ou é da escolha de valores que deram suporte a um crescimento econômico e à melhoria de condições de vida a milhões de brasileiros. Um ciclo, com essa base cultural, que se esgotou. Em todos os sentidos.

Superar uma cultura patrimonialista, que dá origem às ações corruptivas e introspectiva, que é o principal fundamento da crise econômica, é o grande desafio que tem a sociedade brasileira para chegar em 2022, ao completar 200 anos de independência institucional de Portugal se alcance uma nova independência, moderna e sustentável.

A caracterização da doença está feita, ainda que não haja consenso. O diagnóstico mais amplo e profundo para entender o seu ciclo é ainda insuficiente. E a terapia, mais fraca ainda.

Vamos tentar colocar e discutir como superar esses dois grandes traços culturais do brasileiro, que estão na raiz da nossa crise e dos nossos problemas.

A primeira grande questão é: em 2018 o eleitor brasileiro vai continuar elegendo congressistas patrimonialistas? Ou como evitar que isso aconteça?

 

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