Cenários para 2018 no Rio de Janeiro

Os cenários são preliminares requerendo uma avaliação melhor da bancada evangélica.

Mas uma avaliação preliminar indicaria que a bancada evangélica deverá se ampliar, mesmo sem Eduardo Cunha e provável enfraquecimento dos Garotinhos.

O campo da esquerda deverá sair enfraquecido. 
O PSOL poderá reeleger Chico Alencar e Jean Wyllys e ter ainda Marcelo Freixo, apesar de alguma canibalização. Terá o reforço de Glauber Braga, eleito em 2014 pelo PSB, com mais de 80 mil votos e principal base em Nova Friburgo.
O Cabo Dacciolo, eleito pelo PSOL foi expulso do partido. Este poderá ser reeleito, mas dentro da bancada evangélica.

O PSOL é que mais deverá ficar fortalecido em 2018, aumentando a sua bancada inicial.


A coligação PT/PSB/PCdoB, que elegeu, com auxilio dos votos de legenda, 7 deputados não deverá repetir o desempenho, podendo ficar com os líderes Alessandro Molon e Jandira Feghalli. Os demais não tem base local suficiente, dependendo dos votos partidários, que deverão ser substancialmente menores em 2018. O estigma do PT, marcado pela Operação Lava-Jato ainda será muito forte em 2018.

O principal classista e também populista, Jair Bolsonaro não deverá ser candidato a deputado federal, preferindo a disputa pela Presidência da República. 

Entre as lideranças partidárias os afilhados não deverão ser reeleitos ou terão muita dificuldade de reeleição. Incluido no grupo, Eduardo Cunha.

Esse quadro abre mais oportunidades para os "despachantes" e para os evangélicos. Alguns com as duas características.

Em 2018 as eleições do Rio de Janeiro para deputado federal deverão abrir oportunidade para novos, promovendo uma grande renovação. Mas a maioria deles poderá provir da categoria dos evangélicos.

Se for aprovado o distritão, o quadro não deverá se alterar substancialmente. 

Alguns partidos serão tentados a chamar celebridades, mas o conhecimento público da figura não será suficiente para que o eleitor vote nele. Tendem a receber os votos dos indecisos ou "ignorantes" (os que não tem candidatos, ou não sabem que são os candidatos). Algumas celebridades, como Bernardinho associam a sua pessoa a uma imagem de liderança. Seria seguramente eleito deputado federal. Mas parece preferir ser candidato ao Governo do Estado. 

Outros nomes poderão ser apresentados, mas não terão votos se não se dispuserem a fazer uma exaustiva campanha eleitoral. É uma disposição de políticos, que poucas celebridades estão dispostas. A ideia de que só o fato de serem celebridades já dá voto é ilusória. 

O PT que já estará enfraquecido, no sistema proporcional, ficará ainda mais sem os votos de legenda, eliminados no regime do Distritão. O PSOL também perderá, mas tem candidatos mais fortes.

A grande incógnita, neste momento, é a estratégia do PMDB, para manter a sua hegemonia na bancada estadual. O campeão de votos Eduardo Cunha estará fora e sua herança é negativa. Os afilhados de Cabral, Eduardo Paes e Jair Picciani tem alta rejeição.

Poderá ter muitos recursos financeiros em função da criação e do sistema de distribuição dos recursos do Fundo Eleitoral. Mas como gastar? Em quem investir?

Fora a bancada evangélica: que partidos terão capacidade de atrair jovens para a política? O que eles podem (ou devem) oferecer a esses jovens interessados em ingressar na política?

Seria uma opção "tribalista" do tipo cicloativistas, ambientalistas, etc? Esse último já foi tentado e fracassou eleitoralmente. Haverá possibilidade de recuperação?

É uma ilusão de que minorias barulhentas regionais tem capacidade de eleger um representante no Congresso Nacional. 










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