Cenários dos próximos passos (2)

O candidato de Lula à Presidência da República em 2018 é Lula. 
O PT não tem poder de decisão. Quem tem poder de decisão é Lula. E não existe alternativa a Lula. Não existe Plano B, C e até Z.
Não existe alternativa à Lula. Mas ainda existem muitas elucubrações inúteis na busca de uma alternativa que não existe.

Aqui vamos colocar os fundamentos dos cenários e não apenas sonhos ou pesadelos.

O mais importante é que para ser eleito o candidato precisa ter votos. Portanto o protagonista principal do processo é o eleitor. Não é nem o candidato. E muito menos os partidos. 

O PT não tem votos para a eleição presidencial de 2018. Quem tem potencial de votos é Lula. O PT não tem nenhum outro candidato com o mesmo potencial de votos. E a possibilidade de Lula transferir os supostos "seus votos" é limitada.

Os eleitores de Lula irão votar em Lula. Se ele não puder ser candidato, o eleitor tomará outra decisão. Que não será necessariamente votar no candidato indicado por Lula. O episódio Dilma foi excepcional e não irá se repetir.

Porque perante o seu eleitor, Lula se apresenta como "salvador da pátria" ou segundo ele "restaurador da Pátria". É uma missão pessoal e ele não tem nenhuma outra pessoa para dizer aos seus eleitores que "fulano vai fazer no Governo o que eu faria". No caso Dilma, ele conseguiu vender a imagem de que "ela vai continuar fazendo o que eu fiz". Dilma foi eleita como Luladilma. E foi reeleita, não mais como Luladilma  ou Dilmalula, mas como um belo produto criado por João Santana. Vendido com muitos recursos financeiros proporcionados pelo grande esquema das "empreiteiras", dentro da Petrobrás e outras estatais. Posteriormente o esquema foi desmontado pela Operação Lava-Jato e tornou-se inviável.

O PT como os demais partidos não terão a montanha de recursos com que contaram em 2014. 

Lula terá de contar e se contentar com o seu carisma e seu discurso. E esses são insubstituíveis perante o seu eleitorado. 

E Lula não vê, nem quer ver, ninguém fora ele, ocupando a Presidência da República em 2019, com um PT fraco no Congresso Nacional. 

Para Lula é ele, puxando uma bancada forte da esquerda no Congresso, principalmente na Câmara dos Deputados, ou o PT na oposição, tornando-se mais forte para 2022.

Por isso, se impedido de ser candidato, o melhor é o "eleição sem Lula é fraude", do que coonestar a eleição com um candidato alternativo do PT. Ou apoiando algum candidato da esquerda. 

É Lula candidato poderoso ou "eleição sem Lula é fraude". Esse segunda é o Plano B de Lula e do PT. Não existem outras alternativas. 

Levantar hipóteses de Jaques Wagner, Fernando Haddad e outros é pura perda de tempo. Por uma razão simples. Eles não tem votos próprios e nem tem condições de herdar votos que seriam dados a Lula.  E por essas razões e percepção, Lula será contra qualquer alternativa de nomes. 

Ele quer estar com o seu nome, o 13 e sua foto na urna eletrônica, mesmo sabendo que os votos dados  ele serão anulados.

É também o que esperam os seus adversários.



(cont)


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