Tenho colocado aqui que o motor de partida da economia é o consumo das pessoas e que o principal fator que o afeta é a carestia.
Não é consenso, tampouco o pensamento predominante.
Mas insisto nessa visão, mesmo sendo minoritária.
Numa situação de crise, quem vai salvar não é quem está mal, mas quem ainda está bem.
Uma coisa é olhar e ficar lamentando os 11,2% de desocupados, que ainda vai ser maior nas próximas apurações. Outra é ver os 88,8% que ainda estão ocupados. Alguns dos quais estão brigando por reajustes acima da inflação, como os membros superiores do Judiciário e outros.
Deus não é brasileiro. Se for, é a favor de impeachment. Ele resolveu castigar o povo brasileiro que reelegeu a Presidenta e mandou "El Niña" de presente. O resultado é que a inflação de alimentos não tem cedido. Os produtos de safra que deveriam ter chegado mais amplamente, com preços mais baixos, estão escassos e caros. O preço do feijão refluiu um pouco, mas ainda está caro.
O principal fator que vai reanimar a economia, nos próximos meses é a queda do dólar. Tem vários efeitos macroeconômicos, mas a sua influência maior na conjuntura é a retomada de importações mais baratas de bens de consumo final ou insumos semi-finais.
A maior importação de alimentos, in natura ou industrializados, irá pressionar os produtos nacionais a baixarem os preços.
O grande símbolo do controle da carestia será dada pelo pãozinho. O famoso pão francês.
O preço do pãozinho já deveria ter caido. Mas a cadeia produtiva justifica que ainda está recebendo a importação com dólar caro. E que precisa recuperar as perdas anteriores.
A estratégia de precificação do comerciante é muito clara. Quando o dólar está subindo ele antecipa o aumento de preços de importados, porque vai ter que repor o estoque a preços mais caros. Antecipa os repasses. Quando o dólar está caindo ele posterga ao máximo a redução, para poder desovar o estoque importado a valores mais altos. E se puder, vende os estoques novos pelos preços antigos.
Os importadores e moageiros de trigo já estão recebendo o produto com o dolar menor. Não está mais na faixa dos R$ 4,00, mas dos R$ 3,50 e o dólar ainda não se estabilizou.
Segundo os macroeconomistas só vai estabilizar depois da decisão do impeachment.
Cada vez mais certo, mas o mercado tende a seguir a máxima de Vicente Matheus: "o jogo só acaba quando termina".
O pãozinho é para a maioria da população o grande símbolo e indicador da carestia. O seu preço é mais importante do que IPC, IPCA, IGP e outros.
"Compre o pãozinho onde estiver mais barato".
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