Retomada da economia

Os agentes econômicos e seus arautos já comemoram uma suposta recuperação da economia brasileira a partir de alguns eventos positivos na política brasileira.
Embora ainda não tenha ocorrido o capítulo final, as derrotas sofridas por Eduardo Cunha geraram um grande alívio. A eleição de um jovem político velho foi percebido como um grande avanço. Na prática apenas retiraram o "bode fedorento" e seu sucessor, ainda mais mal cheiroso. Passou-se a ter a impressão de que "Eduardo Cunha nunca mais".
Os sinais - cada vez mais fortes - de que Dilma também não volta, embora ela persista na resistência pessoal, gera a impressão de que o Governo Temer irá até 2018. 

A expectativa é que os agentes econômicos privados façam a economia andar de novo investindo e produzindo.

Os supostos avanços políticos - sempre sujeitos a retrocessos - melhoram o ambiente de confiança. O que é considerado o essencial para a recuperação da economia.

É importante, mas precisa alcançar o cerne do problema: o enfraquecimento do consumo familiar. 

Não se trata aqui do tradicional dilema "ovo ou a galinha". Há uma sequência de enfraquecimento em função do desemprego e da redução da massa salarial. O que é entendido como "o povo está sem dinheiro". 

O "povo" está com menos dinheiro, mas ainda há um enorme volume que está contido, que não está sendo gasto por receio com o futuro.

A economia só se recuperará - de forma estável e consolidada  - quando o "povo voltar a comprar". 

O comerciante não coloca na gôndola o PIB. Tampouco compra o PIB dos industriais e agricultores. E esses não produzem PIB. Mas apenas os seus produtos. Que no conjunto vão compor o PIB. Mas ele quer saber se o seu produto será comprado. Não um misterioso PIB. Ou da tal economia brasileira que irá cair 3%, um pouco mais ou um pouco menos e vai subir 2% em 2007. 

Ninguém viu esse tal de PIB ou a tal de economia brasileira, tampouco a escada em que estão subindo ou descendo. 

A vida real está em comprar mais ou menos. Está em se endividar para comprar mais ou não. 

Será que as pessoas vão comprar mais só porque Eduardo Cunha renunciou do cargo de Presidente da Câmara e se mudou para um apartamento funcional? Esse é o fato concreto. O resto são ilações. As pessoas vão comprar mais porque Rodrigo Maia foi eleito?

Quem é Rodrigo Maia? Os consumidores sabem? 

Os economistas esperam que os consumidores comprem mais, mas não pedem, porque se comprarem demais gera inflação. 

O que é bobagem. No estágio da crise, as pessoas só vão comprar se os preços cairem. Se os produtos ficarem mais baratos.
Exceto os especuladores que compram mais caro para que amanhã esteja ainda mais caro. 




Do qual os economistas muito falam

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