A real estratégia norte-americana com o TPP

Os EUA estão tentando repetir a mesma estratégia que adotaram no pós-guerra para conter o avanço soviético no Leste Asiático.
Levaram para paises como a Tailândia, Malásia, Cingapura, Taiwan e outros a produção de marcas americanas, para gerar empregos - ainda que precários - garantindo a sua aquisição, para suprir o mercado interno e mundial. A custos mais baixos do que se os produzisse nos próprios EUA.
Com essa estratégia deram origem à globalização das cadeias produtivas.
Os paises asiáticos não aderiram ao regime comunista, com exceção do Vietnam do Norte, Coreia do Norte e China, vinculando as respectivas economias à "economia ocidental".
Aqueles países cresceram, mas em função do seu tamanho, não se tornaram grande concorrentes dos norte-americanos, com seus produtos próprios. 

Com a China os EUA tentaram repetir o mesmo modelo, mas o Partido Comunista Chinês obrigou as empresas estrangeiras a se associaram com empresas chinesas. Essas aprenderam a produzir e, através de cópias não autorizadas, passaram a produzir concorrentes dos produtos norte-americanos. A escala da produção chinesa ameaça a norte-americana e passa a disputar a liderança na geração do PIB.

Para frear esse processo os EUA em parceria com o Japão, dois dos maiores mercados mundiais, buscará transferir produção norte-americana da China para outros países do Pacífico, sejam asiáticos, como sul-americanos. 

O objetivo é usá-los como plataformas de exportação, com mão-de-obra barata substituindo as plataformas chinesas. 

Os EUA não estariam dispostos a continuar alimentando o crescimento chinês às suas custas. 

Claramente, com o TPP a China deixa de ser parceira para virar adversária dos EUA. 

 Não se pode dizer que o Brasil não quis entrar no jogo. Na realidade, não foi chamado.


 

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