#ProjetoBrasil2022
Pensar
e discutir o futuro do Brasil é responsabilidade e missão de todo empreendedor
e empresário
Nos sete anos que faltam para a comemoração do bicentenário da independência do país temos a oportunidade de discutir como transformar nossa nação em um país socialmente justo, economicamente forte, ambientalmente sustentável, politicamente democrático e eticamente respeitável, os cinco pilares do Projeto Brasil 2022 – do País que Temos ao País que Queremos lançado em 2003 pelo PNBE.
É necessário que nos mobilizemos todos para pensar
o que precisamos fazer a longo prazo – não tão longo, apenas sete anos. Esta
discussão deve envolver cada empreendedor e empresário, pela relevância de seu
papel e de sua liderança onde atua. Não se trata de impor uma opinião, mas de
criar ampla discussão sobre os caminhos do país para poder formar um consenso
político e social sobre as transformações necessárias ao país, superando os desejos
individuais. Nossa proposta é que a discussão ocorra em torno dos cinco pilares
do Projeto Brasil 2022.
O que é um Brasil socialmente justo? Consideramos
que seria aquele em que toda população tem acesso a serviços públicos básicos e
de qualidade, independente de sua origem e nível de renda. Quais os caminhos
possíveis: estabelecer verbas orçamentárias, vinculadas ou não, para alcançar esta
meta? Priorizar a educação? O saneamento público? A saúde? Reduzir o custo da
máquina pública para dispor de mais recursos? Ampliar legislações punitivas ou
de favorecimento a grupos discriminados como as relativas à igualdade racial,
de gêneros, repressão à violência? Ou?
O Brasil economicamente forte é uma economia
com crescimento sustentado e menos vulnerável a crises internacionais. A
questão à refletir é como chegaremos lá, será pelo caminho do desenvolvimento
focado na industrialização voltada para o mercado interno? Será a reorientação
a indústria para suprimento mundial? Será de um Brasil das commodities?
O Brasil ambientalmente
sustentável é definido por alguns indicadores básicos,
como: volume de emissão de gases de efeito estufa; preservação de vegetação
original; reposição de material utilizado; disponibilidade de água potável
utilizável, saneamento generalizado. Quais rumos tomar? Como chegar ao consenso
nesta questão?
O Brasil politicamente democraticamente implica
em melhorar a representatividade dos eleitos por meio de Reforma Política, de
modo que as propostas e ações correspondam às necessidade e objetivos gerais e
deixem de privilegiar grupos políticos, econômicos ou corporativos. Como chegar
lá: reforçar o presidencialismo com efetiva independência e separação dos
Poderes? Implantar o parlamentarismo? Mudar o sistema eleitoral: voto
distrital, distrital misto, em partido, aperfeiçoar o sistema atual? Reduzir a
influência econômica na eleição? Diminuir a centralização do poder ampliando
responsabilidades e recursos dos municípios? Criar clausula de barreira?
Reduzir a dimensão e os gastos do Poder Legi8sllativo? Diminuir o número de
cargos em comissão a um mínimo? Ou?
Como conquistar um país eticamente responsável?
Por meio da defesa e promoção de cultura ética na sociedade, no poder público,
nas empresas e entidades e na vida pessoal? Corrupção – como reduzir? Qual o
real impacto? Punição aos corruptos em qualquer atividade? Eliminação da
diferença no tratamento da justiça para autoridades e políticos? Como tirar a
impressão de que os empresários são os grandes culpados da corrupção e não os
políticos e agentes públicos? A maior parte da corrupção em relação a agentes
do Governo começa ao contrário, com extorsão por parte do agente público: como
reagir? Aceitar e entrar no jogo? Recusar, denunciar e sair do jogo? Recusar e
tentar ficar no jogo? A Lei Anticorrupção criou novos desafios para as
empresas: como evitar os riscos num país onde quase tudo funciona a base de
propina?
Cada um dos caminhos tem seus prós e contras, seja
em relação à eficácia, ou seja, de influenciar na obtenção das metas ou visões
ou de viabilidade. No entanto, acreditamos que seja hora de
reinventar a gestão pública com criatividade e participação da sociedade civil.
Mário Ernesto Humberg - 1º coordenador
Mário Ernesto Humberg - 1º coordenador
Sobre o PNBE – O Pensamento
Nacional das Bases Empresariais é uma associação de empresários fundada no
início da década de 90 com o objetivo de lutar por um País com justiça social,
distribuição de renda e crescimento econômico sustentável. A entidade é
totalmente independente, por não receber verbas públicas. Entre as bandeiras
defendidas pela entidade, destacam-se transparência no destino das verbas
públicas, reforma política, combate à corrupção, e modernização do país.
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