Isso porque o farelo é subproduto, é resíduo da produção do óleo de soja, esse sim, com maior valor agregado.
Para produzir mais farelo será necessário produzir mais óleo. Nesse caso, o que fazer com o óleo de soja?
O Brasil encontraria no mercado internacional, compradores do óleo em volume suficiente, para escoar toda sua produção adicional?
O mercado interno teria condições de absorver toda produção?
Uma alternativa está na transformação do óleo de soja adicional em biodiesel.
Há ainda um grande potencial de mercado para substituir o diesel mineral pelo diesel vegetal, tanto no mercado nacional como no internacional.
No caso nacional, requer - de pronto - alterações regulatórias para ampliar a participação do biodiesel na composição do diesel vendido nos postos.
Essa proposição encontra forte resistência da Petrobras, que perderia mercado para o seu diesel. Ela tem se oposto firmemente ao aumento do percentual do biodiesel.
Com a abertura do mercado, outras empresas passaram a importar derivados de petróleo, inclusive diesel e poderão reforçar a posição da Petrobras.
Para isso são colocadas objeções técnicas e econômicas.
As técnicas se referem à emissão de outros gases de efeito estufa, fora o dióxido de carbono, muito presente no diesel mineral. Haveria uma redução na emissão desses, gases, mas em compensação ocorreria maior emissão de NOx.
Outra objeção seria a necessidade de metanol, ora importado, para a produção do biodiesel.
Uma terceira objeção seria a maior corrosão dos tanques de diesel dentro dos caminhões, ou a maior formação de borra.
São objeções fundamentadas, mas há todo um esforço de pesquisa para a superação desses problemas: uma delas prevê a viabilização da rota de produção pelo etanol, de produção nacional, substituindo o metanol.
Algumas poderão ser demoradas, outras ter resultados mais rápidos.
O importante é definir o rumo como estratégia do país, com a definição de políticas públicas correspondentes.
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