Carreiras profissionais; de quem?

Para os estudantes que ontem assistiram a um Seminário sobre carreiras é interessante tentar perceber quais são as suas perspectivas de carreira profissional, a partir de 2016, quando os mais avançados estiverem se formando ou fazendo estágios, até os anos 50, deste século, quando começaram a poder se aposentar.
O que se trata nessa questão tende a mostrar trajetórias únicas, diferentes, em função de quem apresenta. 
Mas sempre pensando ou mostrando os bem sucedidos e não os fracassados.
Os paradigmas são os Neymars, Bills Gates, Abilios Diniz e outros notáveis. 
Num mundo de diversidade há os talentosos e os normais. 
Uma coisa é sonhar com uma carreira brilhante, sempre em ascensão, quando se tem talento. Outra é se preparar para uma sequencia de trabalho, com eventuais intervalos sem trabalho e com altos e baixos. Ou ainda buscar uma carreira com estabilidade ao longo de toda sua vida laborativa.
Para os talentosos o mercado oferece muitas alternativas. As grandes empresas estão intensamente a busca deles. E as áreas de gestão de pessoal (nova denominação para recursos humanos) estão voltado para encontrá-los e uma vez encontrados, para burilá-los e mantê-los. 
E mostram um futuro brilhante e sedutor.
Para os que tem efetivamente talento a dificuldade é de escolha, seja de empresa onde se empregar ou ainda entre as alternativas de trabalhar por conta própria, ou ser um empreendedor.
Discute-se muito a dimensão das gerações, entre os "babies boons" aos millenalis, ou geração x e y, e agora a eventual geração z.
No conjunto não há grandes diferenças entre as gerações. A diferença principal é que nas gerações mais novas há maior destaque e oportunidades para os talentosos. Os talentosos da geração x, tinham pouco destaque, gerando a impressão de que eram poucos. Os da geração y, são tratados diferenciadamente e com grandes diferenças de remuneração. Pelé foi um gênio em campo, mas tornou-se um bilionário. Messi ou Neymar ganham por temporada mais do que Pelé em toda sua carreira. 
Todos querem se espelhar nos gênios que são os talentosos que conseguiram transformar o seu talento em sucesso. Mas a maioria é de normais, que tem que "ralar" para obter do seu trabalho o seu sustento e, se possível, a satisfação pessoal. 
Satisfação pessoal é poder trabalhar no que ou com o que gosta, e ter com isso uma renda que lhe permita viver bem e satisfazer os seus desejos de consumo. De poder. Ou de paz interior.
Para os jovens a questão é avaliar como se preparar no presente para enfrentar o futuro. No caso, o futuro no mundo do trabalho.
Evidentemente, a primeira orientação é estudar. Mas estudar o que?
Estudar para desenvolver a sua vocação? Estudar para o que o mercado oferece ou exige? Estudar apenas para obter um diploma? Estudar o que os pais exigem?
A minha resposta pessoal é "estudar o mundo". Tentar entender como o mundo funciona, como a humanidade funciona (ou não funciona). Terá que ser um aprendizado contínuo, estimulado pela curiosidade: "por que?"; "por que"?
Em segundo lugar desenvolver as suas habilidades: gerais e de trabalho. As gerais para a sua satisfação pessoal, a de trabalho para poder ter algum diferencial competitivo.
Não se iludam com os desejos de um "outro mundo é possível". Deve continuar sendo desejado, mas na prática do mundo do trabalho continuará sendo extremamente competitivo.
Se você não tem talento ou não é reconhecido como talentoso, vai ter que "ralar" muito.





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