As saídas recusadas - Cenários pós-Dilma

Dilma tem uma personalidade forte, mantendo, promovendo ou travando os rumos estruturais do país. Embora fraca nos embates conjunturais, com perda de popularidade, do apoio no Congresso, quando está em jogo questões estruturais, ela consegue sustentar as suas posições.

A crise conjuntural é reflexo da tentativa de restabelecer no Brasil o rumo do nacional-desenvolvimento. 

A principal linha do seu pensamento é o objetivo de transformar o Brasil num país de classe média consumidora.

Não se trata de promover e organizar uma classe trabalhadora ideológica que se oponha à burguesia, mas que se integre a ela. 

Dentro dessa visão, as suas principais marcas são:


u Superorganização de ação social do Estado para dar continuidade aos programas de inclusão social e de “compensação às minorias”;
u A priorização para a solução de problemas sociais, como a moradia popular, mediante elevados subsídios;
u Promoção do crescimento econômico exclusiva ou preponderantemente pelo mercado interno
u desprezo real à expansão do Brasil no mercado mundial: 
u Os acordos comerciais são  vistos como ameaças à produção nacional e não como oportunidades no mercado  internacional;
u Preconceito contra commodities agrícolas,
u considerada atividade primária, de baixo valor agregado, domínio dos latifúndios e exclusão dos trabalhadores rurais (camponeses);
u Preconceito contra as multinacionais, tolerando-as, mas não as aceitando como alavancas da inserção do Brasil nas cadeias globais (produtivas e de suprimento):
 porque as decisões são tomadas no exterior, desconsiderando a soberania nacional.

 O cenário pós Dilma, seja a partir de 2019 ou antecipado significa que o Brasil não terá uma protagonista que teima nessas posições. Seja para o bem ou para o mal do Brasil.


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