O pior é o empate

A crise brasileira entrou num impasse paralisante, por conta do empate entre as forças econômicas. 
O Governo perdeu o seu principal aliado, o PMDB, que se tornou o seu principal opositor, em relação à condução do Governo e do país.
De um lado a Presidente e o PT querem manter a sua política de uma forte e ampla atuação do Estado, preservando os programas sociais, tanto no aspecto financeiro, como de estrutura administrativa. Recusa e resiste em cortar os Ministros e ministérios para preservar os redutos petistas dentro do Governo, assim como as verbas dos programas sociais. Na falta de recursos, querem aumento de impostos.

Por outro lado o PMDB se posiciona terminantemente contra o aumento de impostos, sem antes ser promovido um grande corte, tanto com a redução do Ministério, como dos programas sociais. E quer assumir os postos chaves do Ministério mais enxuto, reduzindo o papel dos partidos menores que ainda dão um suporte, ainda que insuficiente, às pretensões petistas.

Nenhuma dos dois lados tem força suficiente para impor a sua posição. Mas tem o suficiente para impedir a pretensão do outro. 

O resultado é a paralisia, que resulta na persistência da crise, com algum agravamento como a perda do grau de investimento, cuja repercussão principal é de natureza comportamental. Piora o grau de confiança da sociedade que contém a atividade econômica, seja o consumo, como a produção e o investimento.

O Brasil só sairá da crise, com a quebra do empate entre as forças. 

A Presidente e o PT estão mais enfraquecidos, mas resistem e "não querem entregar o jogo". Tendem a perder, mas não desistem e prolongam a agonia.

O processo irá caminhar para uma "batalha sangrenta", com muitos conflitos e baixas que será o do impeachment ou a solução mais pacífica, que é o da renúncia da Presidente.

 

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