Variação do "preço"

Com o fechamento de posições dos partidos em relação ao impeachment a cotação dos votos dos indecisos, assim como dos "não convictos" varia conforme o lado.

Do lado do favorito, o valor cai por que cada voto individual não alteraria o resultado final. Os favoráveis aos impeachment já contariam com votos prometidos de mais do que os 342 necessários para aprovar a admissibilidade.

Dessa forma, votos adicionais perderam valor. O valor do seu voto "derreteu" perante os pró-impeachment. 

Do lado oposto, ou seja, do Governo, esse voto virou precioso e tem - potencialmente - um grande valor. Desde que negociado em bloco. A negociação individual é de altíssimo risco. 

O  indeciso pode oferecer o seu voto, reputando um alto valor. Mas estará o comprador disposto a comprar? A que preço e em que condições de pagamento?

Cargo, atualmente, é virtual. Emenda parlamentar já foi recebida. Só interessaria, de fato, um pagamento a vista. Ou melhor, antecipado. 

Os anti-impeachment podem ainda ter os recursos ou meios para obtê-los, mas estarão dispostos a desembolsar? Os indícios mais recentes são de que não. Só valeria pagar para não contaminar os votos no Senado. Mas também já seria tarde. O senado já foi contaminado pelo vírus pró-impeachment.

Diante de um voto desvalorizado perante os pró-impeachment, teoricamente valorizado perante os anti-impeachment, mas sem valor efetivo, só lhes restará entregar "de graça", na expectativa de uma recompensa futura. 

Isso significa que os pró-impeachment podem alcançar o patamar de 380 votos e tornar irreversível uma votação anti-impeachment capaz de barrar a destituição efetiva da Presidente, no Senado. 

E, alcançado esse patamar "acachapante" o processo no Senado será rápido.Se o Governo conseguir o milagre da recuperação, porque nada é impossível, o processo se prolongará por todo o ano de 2016.

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