"A Invista, dona da marca Lycra, expandirá em 40% a produção de fios de elastano HyFit no Brasil para atender o mercado fraldas infantis e geriátricas. A multinacional investiu US$ 100 milhões nos últimos dois anos para ampliar a operação em Paulínia (SP) que substituirá parte da fabricação feita nos Estados Unidos e destinada à América do Sul."
"A fábrica de Paulínia vai responder por 70% do fornecimento da Invista para os países ao norte da América Latina (Colômbia, Peru, Equador e Venezuela) substituindo parte da produção que hoje é feita nos Estados Unidos, diz Mazzaferro - diretor da Invista para a América do Sul."
"Atualmente a fábrica brasileira responde por 20% das vendas a esses mercados".
"No Brasil, a fatia já supera os 90% diz o diretor."
A noticia, ainda que em pé de página, mas da de abertura do caderno Empresas do Jornal Valor, é mais um indicador das estratégias das multinacionais em relação à América do Sul, confirmando o já colocado neste blog.
As multinacionais estão em vão continuar investindo no Brasil para produzir para a América Latina. Pelo menos para a América do Sul.
No caso da Lycra (Invista) já constituíram um diretor para a América do Sul.
A notícia é importante, mas omite três pontos fundamentais:
- não diz se a empresa está recebendo algum benefício fiscal, seja federal, estadual ou municipal;
- não se refere ao mercado do cone sul, bem maior do que o do cone norte. Será abastecido pelo Brasil, continuará sendo abastecido pelos EUA ou ela irá instalar outra unidade seja na Argentina, no Chile ou em outro país;
- não dá idéia sobre a geração de empregos. Será amplamente automatizada, com pouca geração de empregos?
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