Brasil que queremos e não teremos em 2016

Por que não conseguimos alcançar o Brasil que queremos? 
Ao findar um ano velho e iniciar um novo ano, retomamos a esperança de que "as coisas aconteçam".  Que, com isso, a economia brasileira volte a crescer, aumentem os empregos e a vida de cada brasileiro melhore. 
Mas, muito dos desejos ficarão para virada de 2016 para 2017, como o foram de 1999 para 2000, de 2014 para 2015 e várias outras mudança de ano e depois nada aconteceu.
Desejamos, torcemos, rezamos para que afinal no ano novo aconteçam as esperadas reformas estruturais, que a sociedade reivindica à anos e que emerge como esperança a cada início de ano.
Elas não vão acontecer em 2016, tampouco em 2017 e 2018. Talvez em 2019, dependendo de como o eleitorado brasileiro vai se posicionar nas eleições.

Se o povo brasileiro continuar elegendo os mesmos políticos patrimonialistas, nada vai mudar. 

Para mudar precisará eleger outra categoria de políticos, diferentes dos atuais. O que é muito difícil num país desigual e com grandes carências para a população mais pobre.

A primeira condição para as mudanças é a sociedade dita organizada, a opinião publicada reconhecer essa realidade. E não querer que a não publicada compreenda.

Reconhecer a existência dessa diferença e trabalhar com ela é a condição preliminar. 

O Brasil que nós (os da opinião publicada) queremos não é o mesmo Brasil que eles querem. 

Pode se insistir na reforma política. Mas ela não vai ocorrer com o Congresso atual. Insistir agora é perda de tempo e de energia. 

As grandes mudanças estão ocorrendo com a Operação Lava-Jato e seus desdobramentos. Ela vai tirar da cena política muito dos líderes atuais. Os líderes do patrimonialismo. 

E quem ocupará o espaço?

Para efetivarmos as mudanças é preciso pensar e agir estrategicamente, para ocupar os espaços em 2018. 

Eu não sei as respostas. Mas o importante é a pergunta. 

E qual é a pergunta?






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