A estratégia oficial

O MPL e seus adeptos querem forçar o cancelamento do aumento das tarifas dos transportes coletivos em São Paulo. O Governo quer manter.
O MPL quer "parar a cidade". O Governo quer esvaziar as manifestações.
Para parar a cidade o MPL precisa da adesão da sociedade. O Governo quer evitar essa adesão.
Para conseguir a adesão da sociedade o MPL quer aparecer como vítima da repressão oficial, seja pelo impedimento do direito livre e constitucional de se manifestar, como pela violência da repressão policial, como analisamos no artigo de ontem.

O Governo não quer permitir que o MPL pare a cidade, mas apenas alguns locais e trechos conhecidos. Com manifestações pacíficas e acompanhadas pela polícia. E dispersá-las quando pretendem fazê-las fora do programado. 

A percepção é de que com manifestações ordeiras, sem repressão, essas irão se esvaziando e não conseguirão a adesão da sociedade com o seu crescimento sucessivo. 

Por outro lado a Polícia contém, mas  não evita que ocorram atos isolados de vandalismo. Para efeito da imagem perante a sociedade é que as manifestações estão infiltradas por vândalos violentos que chamam a reação da polícia.

Cada lado joga com a falta de controle do outro lado. O MPL com o despreparo dos soldados da PM e o Governo com as ações despropositadas dos black blocs. 

Diz a teoria da conspiração que a presença dos blackblocs está sendo insuflada pelo Governo para criar o ambiente de terror e medo. Ele não tem tal capacidade, mas permite a sua presença. E os seus atos de vandalismo. Devidamente registrado e só reprimido, depois disso. 

É uma guerra de imagens e de versões.

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