O mundo que vivemos hoje não foi construido ontem, nem anteontem, mas muitos dias e anos anteriores.
A globalização que vivemos hoje não é produto deste século, mas foi criado logo após o término da segunda guerra mundial, como dimensão econômica da guerra fria entre o capitalismo, comandado pelos EUA e o comunismo da URSS.
Setenta a anos após a globalização da Barbie a civilização ocidental se debate em continuar ou não com a globalização. E o maior confronto está nas eleições norte-americanas, agora em novembro, com a possibilidade da maior economia do mundo e a maior potência militar tentar "desglobalizar" os EUA.
As multinacionais norte-americanas são as grandes mentoras, gestoras e financiadoras da globalização. Como elas ficarão com uma eventual tentativa de Trump de desglobalização? E como ficará a economia norte-americana?
E qual será a reação chinesa que se inseriu recentemente na globalização através do seu capitalismo de Estado?
A reação popular é sobretudo sobre à globalização humana. Se as mercadorias, se o dinheiro pode ter livre circulação e "invadir" todos os mercados, porque as pessoas não podem?
A não globalização humana, em contraposição aos avanços da globalização econômica, sempre foi uma das contestações a esse processo. A "invasão" dos imigrantes sempre foi prevista e alertada pelos oponentes da globalização. Mas as lideranças mundais e nacionais não deram a devida atenção.
Os movimentos antiglobalizantes reais são contra o avanço da globalização humana, marcada pelas migrações em massa. Do que se aproveitam os anti globalizantes econômicos, para contestar este pelos meios de comunicação.
Dai uma nova dicotomia entre a opinião publicada e a não publicada. Na primeira, continua predominando a posição globalizante, vista pela ótica econômica. Na segunda cada vez mais cresce o movimento antiglobalizante que, na prática, se opõe às imigrações. São contra a livre circulação das pessoas.
A opinião não publicada detém o controle do dinheiro e dos meios de comunicação. A opinião não publicada detém o voto. E em eleições diretas pode derrotar a opinião publicada. Foi o que ocorreu na Grã-Bretanha com o Brexit. E poderá ocorrer nos EUA com uma eventual eleição de Trump.
Um risco pouco considerado com as restrições migratórias é a importação de cérebros que os EUA praticam hà muitos anos e seria a base da liderança inovativa daquele país no mundo.
Restrições migratórias refletirão inevitavelmente na importação de cérebros e na decadência econômica dos EUA.
Onde serão os novos centros inovativos no mundo? O mais provável é que seja na Ásia, com liderança inicial do Japão, mas com desenvolvimento maior na China e na India.
E o Brasil nesse processo? Continuará à margem?
Continuará sendo um exportador de cérebros?
Terá condições de reverter?
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