Banqueiros nacionais: contra ou a favor de Temer?

O Banco Central, sob direção do ex-Assessor Econômico do Banco Itau, e também ex-Diretor do Banco Central, Ilan Goldfarjn e sob supervisor do ex-banqueiro, presidente de bancos, Henrique Meirelles, deu continuidade ao processo de redução dos juros básicos. Refreou um pouco, manteve a velocidade atual, mas não acelerou. Dentro do calendário estimado pelo Presidente do Banco Central e expectativas dos economistas e demais analistas, na próxima reunião do COPOM, em agosto de 2017, a taxa SELIC deverá ficar abaixo dois dois dígitos.

O que significa para o mercado essa redução da velocidade acelerada? O mercado - como um todo é uma ficção, uma construção. A base são as pessoas, cujos comportamentos podem ser reunidos em grupos.

Para os consumidores finais, a redução da taxa poderia significar uma redução dos seus custos de compras financiadas. Como os bancos ainda estão buscando compensar a redução dos juros básicos, com as tarifas e o spread, não haverá redução significativa no crédito ao consumidor.

Os grandes banqueiros, aparentemente, não estão satisfeitos com a aceleração. Gostariam de uma velocidade mais contida, para ter mais tempo para ajustes. Deram o recado na véspera, mandando apenas os seus representantes a um jantar com o Presidente, sem comparecer pessoalmente, como de praxe. Um sinal claro.

O Banco Central atendeu. Manteve a velocidade, com redução de 1% na taxa básica e no comunicado anunciou a redução do ritmo de aceleração. Um implícito anúncio de redução de 0,5 ou 0,75% na próxima reunião. De toda forma ficará abaixo dos dois dígitos, a referência mágica para o imaginário do mercado. 

Dentro das circunstâncias atuais, a Teoria da Conspiração quer saber o que está por trás dessa movimentação? Estariam os banqueiros contra a permanência de Temer? Estariam conspirando nesse sentido? Com que objetivos?

"No creo en brujas, pero que las hay, las hay".


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