•O maremoto gerador do tsunami já ocorreu
com as assinaturas do acordo coletivo de colaboração premiada, pelo corpo
executivo da Construtora Norberto Odebrecht e subsidiárias.
•Para
cada delação individual, há anexos, contendo ocorrências, fatos e nomes.
•Esses dados tem vindo a público, mediante
vazamentos.
•As
ondas chegarão antecipadamente e quando for dada divulgação oficial será apenas
a confirmação do que já será conhecido.
•Ainda que as revelações não venham a
público formalmente, são base para o aprofundamento de investigações por parte
do Ministério Público e da Polícia Federal, podendo resultar em prisão daqueles
que não tem foro privilegiado, por decisão do Juiz Sérgio Moro.
•Essa perspectiva gera forte apreensão de
todos aqueles que tiveram alguma relação, direta ou indireta, com executivos da
Odebrecht.
•A ampla atuação da Odebrecht em todo o
território nacional, como no Exterior, envolvendo a relação com políticos e
operadores irá abranger um enorme volume de pessoas, que terão a imagem pública
arranhada.
•Os que não tem visibilidade pública
continuarão incógnitos, a menos de participação em vultosas operações:
•Abaixo
de R$ 10 milhões será “troco”.
•Já os que tem maior visibilidade na mídia
ou envolvidos em grandes operações, serão alvo de campanhas de exposição
pública:
•Os
mais visados serão os integrantes da cúpula do Governo ou do Poder Legislativo.
•Envolverão
tanto o Governo Federal, como os Estaduais, as capitais e grandes cidades.
•O grande envolvimento de políticos com a
Odebrecht decorre do modelo de negócios, adotado pela mesma, baseada na:
•Descentralização
gerencial;
•“generosidade”
com os políticos.
•Cada obra contratada era transformada em
unidade de negócio e gerenciada como empresa independente, com os gerentes,
coordenadores ou equivalentes, com autonomia para negociar aditivos, outras
questões contratuais e até novos contratos.
•Um dos elementos da gestão era a
autonomia para acordar contribuições para campanhas eleitorais.
•As contribuições não decorriam dos lucros
normais do contrato, mas dos lucros adicionais obtidos por superfaturamentos ou
pagamentos de despesas não realizadas.
•O modelo idealizado e iniciado por
Norberto Odebrecht foi ampliado e consolidado pelo seu filho Emilio Odebrecht.
•Emílio
sempre manteve boas relações com os Presidentes da República, inclusive FHC,
como este mesmo conta nos seus registros dos Dias da Presidência, mas
aprofundou o relacionamento com o Presidente Lula, viabilizando a decuplicação do
seu faturamento, com grandes obras no país, como no Exterior.
•As contribuições – quaisquer que fossem
as modalidades – foram caracterizadas pela Força Tarefa da Lava Jato como
“propinas”, adotadas como a denominação oficial e obrigatória e difundidas pela
mídia.
•Tudo
virou “propina”.
(cont)
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