A importância do agronegócio está na sua cadeia produtiva, dentro da qual a indústria tem participação relevante. Igual ou até superior que a produção das matérias primas.
O Brasil não é apenas um dos maiores produtores e exportador de grãos, que representam a maior parcela da produção agropecuária.
O Brasil é o maior produtor e exportador de suco de laranja, um produto já industrializado. O açúcar e o etanol também são semindustrializados. O Brasil é um grande produtor de milho, mas pouco exporta o grão, in natura. A maior parte é transformada em proteina animal e exportado industrializado.
O Brasil ainda tem um amplo campo para a semindustrialização e para o processamento industrial de alimentos.
A importância da indústria na cadeia produtiva está também nas fases anteriores à produção agropecuária, pelo fornecimento de máquinas e equipamentos agrícolas, pela produção e suprimento de fertilizantes, defensivos, vacinas e outros insumos.
A grande agropecuária brasileira é altamente avançada tecnologicamente e é a principal demandante da indústria 4.0. O trator autônomo já é realidade, operando em fazendas brasileiras.
O confronto entre a agricultura e indústria é falso. Não há porque permanecer na contraposição de que o Brasil precisa se industrializar e não ser um produtor de commodities.
O Brasil tem que aproveitar a sua capacidade e competitividade na produção de commodities para transformá-los em produtos processados industrialmente, mantendo a competitividade internacional.
A oportunidade de reindustrialização brasileira está na transformação de suas commodities, incorporando os avanços da Industria 4.0.
As entidades representativas da agropecuária e da indústria precisam se unir para aproveitar a condição já conquistada do Brasil, como celeiro do mundo para tornar o Brasil:
- alimentador do mundo;
- maior supridor de combustíveis de fontes renováveis;
- maior supridor de fibras naturais.
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