sexta-feira, 15 de maio de 2015

Deu errado

O PSDB vota contra medidas com as quais concorda, só para se posicionar contra o Governo, e obrigar o PT a fazer exatamente o contrário: votar a favor do que sempre foi contra. 

O PT, vale dizer os petistas na Câmara, tentou o "golpe". Votaria contra as medidas do ajuste fiscal, contando que elas seriam aprovadas com os votos do PMDB e dos demais partidos da base aliada. Para se contrapor a essa estratégia, os partidos da oposição fecharam questão, pressionando o PT. Os partidos da base aliada, de esquerda, também adotaram a mesma estratégia "do inverso", votariam contra, mas não abandonariam a base aliada. Pressionado pelo PMDB o PT ficou sem alternativa: votava com o Governo, cuja Presidente é do seu partido e precisa dele para a governabilidade, ou votaria contra o Governo, enfraquecendo mais ainda a Presidente. Teve que votar a favor, contra as convicções pessoais dos seus integrantes.

Na MP do seguro desemprego, alguns petistas, para não votar a favor, "fugiram". Foram cobrados e na MP da correção de distorções previdenciárias o PT votou em bloco.

O PSDB pode manter a estratégia de votar contra, mas de contar que fossem aprovadas.

Não deu certo, com o destaque do fator previdenciário. Não percebeu a tempo a rebeldia de membros do PT e o fator previdenciário que é um dos principais marcos da gestão FHC foi derrubado (ainda que parcialmente) pela votação maciça do PSDB.

Ficou mal para o PSDB, atualmente um partido sem direção. Em todos os sentidos.

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