sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Estratégias de segurança para a Copa

A estratégia de segurança pública para a Copa deverá considerar a diversidade dos grupos "adversários" ou "inimigos" que poderão criar situações de insegurança.
A estratégia básica é de persuasão. Desenvolve-se tamanho aparato preventivo o ostensivo para que os inimigos fiquem intimidados a agir.

As notícias vazadas pelo Governo, incluindo a utilização das Forças Armadas, faz parte dessa estratégia. A FIFA ainda não entendeu o atual ambiente brasileiro e continua acreditando que estará tudo tranquilo durante a Copa. Não é bem assim: há grandes focos de insatisfação, impaciência e intolerância: que explodem em revoltas.

Os primeiros oponentes são os movimentos sociais que querem se manifestar pacificamente contra os gastos com a Copa e defender maiores recursos para educação e saúde, assim como os direitos dos desalojados pelas obras. Esses movimentos são predominantemente da classe média tradicional, mas podem receber o apoio dos movimentos sociais mais populares. 

Não pretendem ir à luta, mas querem mostrar ao Governo e à mídia nacional e internacional a sua desaprovação aos gastos com a Copa. Não tem a veleidade de impedir a realização dos jogos, tampouco a circulação das delegações. O sentido maior é de protesto. 

Contam com as forças de segurança para protegê-los ao longo das suas caminhada pacíficas. Com isso uma parte das forças policiais será deslocada para o seu monitoramento ou proteção.

Acabam funcionando como massa de manobra para os grupos com outras intenções. Esses querem aproveitar as movimentações de massa para as suas ações, não tão pacíficas. 

A tática "black bloc" será usada para ações de vandalismo e atrair as tropas de choques das respectivas policias militares. 

Outros irão para as áreas de hospedagem das seleções para tentar perturbá-las, com o objetivo de fazê-las desistir de ficar na competição. O seu objetivo é que a Copa não ocorra: "não vai ter Copa"
Pode não ser plausível, mas faz parte da visão obtusa e distorcida de radicais que confiam cegamente na luta. Dilma conhece bem esse pensamento e comportamento  e não quer deixar nenhuma margem, para prejudicar a sua festa. Agora que está do lado de dentro. 

Tudo isso será controlável com ampliação das forças de segurança. São 12 cidades e 32 delegações esportivas, mais a da FIFA para serem protegidas. Para o jogo da abertura serão ainda centenas de convidados Vips e VVips, incluindo autoridades de diversos paises. Cada qual merecerá um aparato de segurança. 

Com a sensação de insegurança, muitas autoridades desistirão de vir, aliviando o trabalho das forças de segurança. 

As forças de segurança utilizarão a inteligência, em todos os sentidos, para monitorar a movimentação das forças adversárias e para se prepararem, tendo que deslocar imensos contingentes, para pelo menos 44 localidades. 

Todas precisam ser protegidas, pois mandam as táticas militares que não se ataque as fortalezas mais protegidas, mas aquelas menores, mas cuja destruição causa grandes impactos. 
E o objetivo dos anti-Copa é tumultuar a sua realização. 

Duas incógnitas devem ser consideradas: o controle sobre o comportamento dos policiais e  ação das facções criminosas. A reação natural dos PMs, quando provocados ou atacados, é de "sair na porrada" e isso provocará a adesão da sociedade a favor dos manifestantes e dos blackblocs: um policial ferido é considerado natural, um manifestante ferido causa um impacto dez vezes maior. 

A questão mais grave é das facções criminosas: o que eles aprontarão, com todas as forças de segurança focadas em assegurar a "Copa das Copas"?

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