segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Planejamento estratégico - manifestações anti s manifestações contra a Copa.

Os Governos estão convencidos de que haverá manifestações de rua anti-Copa nas doze cidades sede e ainda em alguma outra.
Precisam-se preparar para enfrentá-las da melhor forma, para minimizar os impactos negativos do país perante a comunidade mundial. A cobertura das manifestações, a reação policial, a sequência, com riscos de vandalismos e violência correrá o mundo. Durante a Copa a Imprensa Mundial estará presente nas cidades-sede. Alguns meios de comunicação anteciparão as suas equipes para cobrir eventuais manifestações prévias que podem afetar o fluxo de turismo. O potencial turista vai querer saber, antes da sua viagem, se haverá riscos ou não e pode até cancelá-la.

Por outro lado, sendo ano de eleições gerais, os Governantes estão e estarão preocupados com o impacto eleitoral dos acontecimentos.

Será, portanto, uma das principais questões estratégicas de 2014, envolvendo a inteligência militar. Essa pode não estar suficientemente preparada para entender e agir sobre manifestações populares urbanas. Não se trata de enfrentar um inimigo. Mas as estratégias, embora defensivas, deverão cuidar dos manifestantes como potenciais adversários.



As ações finais da Polícia Militar contra um  grupinho de supostos vândalos foi correta, mas executada de forma desastrosa.

Depois de encerrada a manifestação em São Paulo contra os gastos com a Copa, no processo de dispersão, um pequeno grupo, saindo o centro em direção à rua Augusta teria atacado uma concessionária de veículos, sendo perseguidos por uma tropa da PM. Subindo a rua Augusta, logo após cruzarem a rua Caio Prado teriam deparado com outra tropa que vinha em sentido contrário. Como manobra militar: perfeita.
Acuados os jovens se refugiram dentro de um hotel. A tropa entrou no hotel, com escopetas e atirando - provavelmente para o alto - determinou que todos se deitassem com as mãos na cabeça, numa operação cinematográfica.
Foi uma operação como se um bando de perigosos terroristas tivesse se refugiado. Todos foram presos, eventualmente, algum hóspede junto, também jornalistas e fotógrafos,  levados para a Delegacia, identificados e liberados. Alguns eram menores.
Não houve prisão em flagrante. 
O procedimento subsequente é avaliar as fotos e ouvir testemunhas e deter os identificados. 

Militarmente uma estratégia correta. A execução, com excesso de força, real e demonstrada irá gerar uma reação altamente negativa, com aumento das manifestações, agora em apoio aos que foram vítimas da violência policial.

Os Governos queriam a antecipação das manifestações para testar a sua preparação. Aparentemente se melhorou nas estratégias, apesar de falhas já apontadas aqui, mas continua com o principal ponto fraco: o adequado treinamento dos soldados e dos oficiais das tropas de choque que continuam atuando com violência despropositada.

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