domingo, 13 de outubro de 2013

Uma nova escalação

As primeiras pesquisas de intenção de voto, realizadas pelo DataFolha e divulgadas pela Folha de São Paulo, levam a cenários impensáveis hoje, mas que poderão ocorrer, em função da evolução das circunstâncias.
Diversamente das outras eleições, o que irá comandar o processo não será a ambição pessoal em ocupar a Presidência, mas um jogo partidário fazendo com que os jogadores inicialmente escalados possam vir a ser substituídos.
Quem ainda está em disputa pessoal e não poderá mais esperar por 2018 ou 2019 (este na perspectiva de eliminação da reeleição e ampliação do mandato presidencial para 5 anos)é Jose Serra e seria então o candidato pelo PSDB, com Aécio Neves esperando pela sua vez, nas eleições subsequentes.  
A perspectiva do PSDB para 2014 é o terceiro lugar, mas precisa ficar no jogo e manter a polarização com o PT, para que PSB-Rede ganhem a eleição, como terceira via. Não há terceira via se não houver a segunda. Tanto para o PSDB, como para Marina Silva e a sua Rede o objetivo principal é desalojar o PT do Poder. Mas também não interessa à Marina o retorno do PSDB ao Poder, mantendo a polarização que ela quer romper.
Diante do objetivo maior do "Chega de PT" Aécio Neves abriria mão da sua candidatura a favor de Serra. Esse sabe que irá para o sacrifício  mas a sua ambição pessoal sempre o leva a acreditar num "milagre" e que ele, como azarão, acabe vencedor. 
As pesquisas apontarão que ela, Marina Silva tem maior aceitação que Campos, como já indicou a primeira pesquisa. Campos pode esperar por 2018/19 e abrirá mão da candidatura à Presidência, para apoiar o objetivo de romper a polarização PT-PSDB. Apesar do ajustado agora, Marina seria a candidata do PSB, em 2014. 
Diante desse quadro adverso de um segundo turno para Dilma, tendo que enfrentar Marina e Serra reunidos, com possibilidade maior para Marina, o PT, para não se arriscar a perder o Poder, a substituiria pelo Lula. Ele é visto como o único que pode derrotar Marina Silva, que viria com a aura da renovação.
Então dentro da perspectiva pragmática de que "feio é perder eleição" ou que "errado é perder eleição", o PT sairia com Lula como candidato, escanteando Dilma. 
Nesse jogo de pragmatismo, será difícil demover o PMDB de abrir mão da Vice-Presidência o que não deixaria espaço para Dilma. 
Dessa forma dentro de um raciocínio estratégico (teórico) o quadro eleitoral para 2014 seria entre Lula-Temer, Marina-Campos e Serra-Aécio ou Serra-PPS.
O jogo não será entre candidatos, mas entre a permanência do PT no Poder (Fica PT) ou a sua derrubada (Chega de PT). 

Um comentário:

  1. Comentários precisos. Mas quanto a lula. Ele é e sempre foi candidato. Acho que inclusive ainda é o presidente ainda que informalmente. E vai ser em 2014 o maior cabo eleitoral de dilma. Do jeito que esta se encontra livre para fazer a política mesquinha, que sempre fez, sem ter cobranças de um cargo oficial. Lula tá nas graças do povo para sempre. Tal qual getúl

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